quarta-feira, 20 de maio de 2015

6 dicas para enfrentar os "Terríveis Dois Anos" / Terribles Two

Cadê minha bebê que estava logo ali?
Temperamento forte, não aceita "não" como resposta. Sabe o que quer, a hora que quer - e como quer.
Cadê minha filhota tranquila e serena, que ia com todo mundo e que tudo estava bom?

Beatriz está passando por uma fase conhecida como terrible two. Em português, o termo pode ser traduzido como “terríveis dois anos” — também conhecida como “adolescência dos bebês”. É nessa etapa do desenvolvimento que as crianças começam a ter noção de si mesmas como indivíduos. É comum que elas passem a testar limites e questionar a autoridade dos pais. Também ficam mais manhosas e birrentas (quase como um adolescente de fato).

Muitas vezes, a angústia por não saber o que se passa na cabeça das crianças dá origem à culpa e, claro, às preocupações. O marco dessa fase do desenvolvimento é a vontade. É quando a criança passa a encarar a si própria como indivíduo e quer ter as próprias opiniões.

- estou me sentindo as vezes culpada, procurando onde errei, se ela está aprendendo essas coisas na escola ou se me escapou algo que não percebi. Não reconheço minha filha nas birras e não entendo como chegamos a esse ponto, até ler mais sobre essa fase. -

Lidar com as crianças nessa fase é difícil e exige uma boa dose de paciência. “A criança precisa de limites. É preciso conversar, entrar no mundo dela e explicar as coisas”, ensina a pediatra Nathália Sarkis.

Terrible two é um período complicado para as crianças, mas os pais também precisam se adaptar. “Precisam fazer o ‘não’ ser aceito pela criança”. “Amar, dar carinho não significa permitir tudo. Não adianta dizer ‘não’ e não sustentar, ceder à vontade dos filhos.” Os ensinamentos dessa fase espinhosa serão valiosos, garante a especialista: no futuro, uma criança que não se acostumou a ter limites, a lidar com a perda ou a dividir pode se tornar um adulto intolerante ao fracasso. “A criança sempre vai querer mais”. “O perigo é ela se tornar uma criança que manda em casa. Muitos pais servem ao filho e isso é uma inversão de papéis. A obrigação deles é ensinar, e não o contrário”..

Caprichos domados

Passar pela adolescência dos bebês não é fácil, mas é possível. Veja algumas dicas para orientar as crianças nesse período:

•Mude o tom de voz quando estiver chamando a atenção da criança. Falar da mesma forma de quando está acalentando confunde o pequeno.

•Transmita autoridade. Seja firme, sem, claro, partir para a violência.
Lembre-se de que os desejos vão mudando de acordo com a faixa etária, mas sempre vão existir. Tenha firmeza para delimitar o que pode e o que não pode

•Pais (e mães, principalmente) que trabalham fora geralmente sentem muita culpa em dizer “não” quando estão com os filhos. É importante que lidem com isso, uma vez que negar vontades não significa dar menos carinho.

•O caráter começa a se formar ainda nos primeiros anos de vida. Por isso, é importante que, desde cedo, os pais imponham limites e mostrem autoridade

•A partir dos 2 anos, as crianças já são capazes de entender explicações. Logo, paciência é essencial: ainda que você tenha que repetir várias vezes o porquê de um comportamento estar errado, persista.

Fonte: Fabia Queiroga, médica pediatra e supervisora do Hospital Santa Lúcia

Retirado: site Uai

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