terça-feira, 9 de junho de 2015

Por que meu filho fica resfriado a toda hora? 5 indícios para saber quando é a hora de ir ao médico!


O resfriado é uma infecção das vias respiratórias superiores, causada por vários tipos de vírus. Seu filho está aperfeiçoando seu sistema imunológico, mas só consegue ficar imune a um dos mais de 200 vírus que causam o resfriado por vez.

O modo de contágio mais comum é através de gotículas de saliva -- quando alguém espirra, libera as gotículas no ar, e elas são aspiradas por outra pessoa. O vírus também pode ser transmitido pelo contato das mãos, portanto sempre lave as mãos depois de assoar o nariz.

Você vai notar que seu filho fica mais resfriado no outono e no inverno, porque os ambientes são mais fechados, facilitando a circulação do vírus de pessoa para pessoa. O frio também torna as membranas do nariz mais suscetíveis à entrada dos microorganismos.

Em média, crianças pegam entre seis e dez resfriados por ano. Isso mesmo! E, frequentando a escola ou creche, o número de resfriados pode chegar a 12 ao ano. Está explicado por que parece que seu filho não passa mais de duas semanas sem o nariz estar escorrendo...

Adultos, em geral, pegam entre dois e quatro resfriados ao ano.

Como diferenciar um resfriado de algo mais grave?

Pode ser difícil diferenciar. No resfriado, normalmente há coriza e catarro claro, que pode ir ficando mais grosso e escuro (amarelo ou verde) ao longo da semana seguinte. A criança pode tossir e ter febre baixa.

Fique de olho na duração da febre e no estado geral do seu filho. Se ele está comendo e brincando quase como sempre, trata-se muito provavelmente de um resfriado. Mas se ele fica muito abatido, mesmo quando a febre baixa, pode ser alguma coisa mais forte, como gripe ou pneumonia.

Espirros, olhos lacrimejando e nariz sempre coçando ou escorrendo são característicos da alergia, em especial se duram semanas ou até meses. No caso de alergias, o catarro não fica mais grosso, e permanece sempre claro. Tenha em mente, porém, que crianças que sofrem de alergia ficam mais propensas a pegar resfriados.

Como tratar o resfriado?

Não há muita coisa que você possa fazer para que o resfriado vá embora mais rápido, mas pelo menos pode adotar algumas estratégias para que seu filho se sinta melhor (ou não piore).

Dormir na posição horizontal pode deixá-lo mais congestionado ainda, portanto tente mantê-lo com a cabeça mais elevada. Você pode usar travesseiros na cama ou colocar toalhas embaixo do colchão. Só não exagere na inclinação, porque seu filho pode virar de lado na cama e o efeito vai ser inverso.

Exponha a criança ao vapor. Se não tiver um vaporizador a frio em casa, ou um inalador, pode dar um banho quente, ou deixá-lo no banheiro com você por cerca de 15 minutos, respirando a fumaça da água quente.

Dê muito líquido, para ajudar a soltar as secreções nasais e para evitar a desidratação causada pela febre.

Tenha paciência. Mesmo que seu filho já estivesse dormindo a noite toda, um resfriado é suficiente para levar a família de volta à época das noites em claro. Ele vai acordar várias vezes por causa do nariz entupido, e um chamego costuma ser a melhor solução.

Use soro fisiológico para aliviar a congestão nasal. Pergunte ao pediatra qual o melhor tipo (em gotas ou spray).

Tente ensinar a criança a assoar o nariz. Algumas conseguem aprender até os 3 anos, outras precisam de mais tempo.
Se seu filho está com o nariz entupido mas não tem nenhum outro sintoma, dê uma olhada nas narinas dele para ver se ele não enfiou nenhum objeto estranho nelas. Nunca se sabe: até crianças pequenininhas podem aprontar uma dessas. Quando isso acontece, pode aparecer uma coriza de cheiro ruim, normalmente só em uma das narinas. Esse tipo de acidente é mais comum do que se imagina.

Posso dar remédio?

Para baixar a febre, você pode dar um antitérmico como o paracetamol, a dipirona ou o ibuprofeno, seguindo as instruções do seu médico. Mas os especialistas vêm recomendando que não se dê remédios contra tosse ou descongestionantes a crianças de menos de 6 anos, devido aos efeitos colaterais. Não dê nada sem consultar o pediatra.

Caso o médico receite um remédio anticongestionante, preste atenção para ver se ele não tem na fórmula um antitérmico como o paracetamol. Se tiver, você não vai poder dar o paracetamol sozinho, para baixar a febre.

Preciso procurar o médico?

Procure atendimento se:

●a febre passar dos 39 graus.

●o resfriado começar a piorar depois de uma semana, ou se os sintomas não forem embora depois de duas semanas.

●se ele tiver dificuldade para respirar, chiadeira no peito, tosse persistente ou catarro verde. Podem ser sinais de asma ou pneumonia.

●ele reclamar de dor de ouvido, o que pode significar uma otite.

●seu filho estiver abatido demais, sem energia para nada.

Há alguma coisa que eu possa fazer para meu filho não ficar resfriado?

Você pode tentar proteger seu filho mantendo-o longe de pessoas doentes e cultivando o hábito de lavar as mãos com frequência em casa. Ensine a criança a lavar a mão antes de comer, depois de ir ao banheiro, sempre que chegar em casa e depois de assoar o nariz.

Abandonar o fumo, seja você ou seu parceiro, é sempre benéfico. Evite também levar a criança a locais onde haja gente fumando. Crianças que moram com fumantes ficam mais resfriadas que as outras, e o resfriado demora mais para sarar que o de crianças que não são expostas à fumaça do cigarro.

Fonte: Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil

terça-feira, 2 de junho de 2015

3 passos e 8 dicas para desenvolver uma rotina de alimentação saudável pro seu filho!

O que fazer quando seu filho se recusa categoricamente a comer frutas, legumes ou verduras?

A hora das refeições pode ser um estresse para toda a família, especialmente quando os pequenos resistem a comer o que está à mesa.
O duelo é sempre o mesmo: os pais temem que os filhos não estejam comendo o suficiente para obter energia e as crianças preferem ingerir alimentos que nem sempre são saudáveis na opinião dos mais velhos.

Mas o que fazer quando seu filho se recusa categoricamente a comer frutas, legumes ou verduras?

Forçá-lo a comer, por exemplo, nunca é uma boa estratégia.
Pensando nisso, Alex Winters, apresentador do CBeebies, canal infantil da BBC, que também é pai, buscou algumas técnicas para estimular hábitos alimentares mais saudáveis nas crianças.

Influência positiva

Não há dúvida de que os hábitos alimentares das crianças são influenciados pelo que elas veem ao redor.
Se há muitos doces e batatas fritas em casa ou na casa de um amigo, então elas provavelmente vão querer comer isso.
Felizmente, a pressão social pode funcionar nos dois sentidos.

Como pais, somos o modelo de liderança para nossos filhos.

Se eles nos veem comendo regularmente, saboreando e desfrutando de alimentos saudáveis, e empolgados sobre o estamos ingerindo, vão estar mais dispostos a prová-los.
Por isso, se você conhece uma criança que é mais ousada em relação à média do paladar infantil (exemplo: comer jiló), convide-a para comer em sua casa com seus filhos em algum momento.
Ao vê-la comer frutas e legumes, o seu filho provavelmente vai querer emular esse comportamento.

Dê tempo ao tempo

Envolver a criança na preparação dos alimentos aumenta chances de que ela prove coisas novas
Depois de criar uma atmosfera positiva em torno de comida saudável, é hora do próximo passo.
Isso vai levar tempo. Aqui estão algumas sugestões:

●Introduza o novo alimento em pequenas porções de modo a não sobrecarregar o paladar de seu filho.

●Comece com pequenos pedaços de seu próprio prato. Uma criança pode demorar de 10 a 15 mordidas para se acostumar a um novo alimento.

●Prove o alimento junto com seu filho, mostrando que você também está disposto a saborear coisas novas.

●Mantenha-se sempre positivo, mesmo
em momentos de tensão.

●Tenha em mente que dar a seu filho alimentos açucarados ou doces regularmente vai desenvolver o paladar deles para gostar desse tipo de comida.

●Tente fazer da refeição um momento descontraído e relaxado.

●Quando possível, envolva a criança na preparação dos alimentos. Fale sobre o que você come: que aspecto o alimento tem, de onde vem, como é produzido.

●Em vez de usar doces como motivação, tentar criar uma tabela de recompensas.

Não se estresse

(Thinkstock)

Nunca perca a paciência; do contrário, tudo será mais difícil.

Você não é o único pai ou mãe que sofre com os filhos na hora das refeições.

Esse é um momento que ocorre quando as crianças estão se tornando mais independentes.

Acredita-se que a rejeição a experimentar comidas novas é parte de um desenvolvimento evolutivo que surgiu para evitar que os pequenos comam alimentos potencialmente perigosos enquanto exploram o ambiente a seu redor.

Tente manter uma atitude positiva, especialmente quando se fala de comida.
Lembre-se de que as crianças mudam de humor todos os dias. Por isso, talvez agora rejeitem um alimento e amanhã estejam mais abertos a outras experiências gastronômicas.

Se existem alimentos que você prefere que seus filhos não comam ─ por exemplo, alimentos processados, ou carne, se você é vegetariano ─ não tente dar muita importância a eles, mas sim naqueles que eles podem comer à vontade.

Isso porque ao associarem um alimento a algo negativo, as crianças certamente estarão menos dispostas a experimentá-lo.

Fonte: BBC Brasil